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O Poder da Ressurreição 1.1
Uma Gloriosa Experiência Pessoal
Cristo manifestando em nós...
Vivendo a Vida de Cristo...
“Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo
e sentir o poder da sua ressurreição...”
Filipenses 3:10ab (BLH)
TIVE UMA EXPERIÊNCIA CRISTÃ, que foi tão gloriosa e extraordinária, que só a relatei a alguns selecionados irmãos na fé em Cristo Jesus.
Vou relatá-la, contudo, de forma condensada, mesclando-a com textos Bíblicos.
Antes, porém, gostaria que meditasse nos textos que dizem:
“Ora, Aquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além do que pedimos ou pensamos, conforme o poder que em nós opera, a esse glória na Igreja....Efésios 3:20.
E
“Graças e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus, Nosso Senhor; visto como o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento d’Aquele que nos chamou por sua glória e virtude; pelas quais nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo”. II Pedro 1:2-4.
NUMA NOITE, ao deitar, senti a gloriosa Presença de Deus. Senti-a manifesta numa alegria interior indescritível e numa paz profunda e suave. Alegria essa que, em duas outras ocasiões já tinha experimentado. Pela primeira vez, vi-me falando com Deus, em vez de orar; sentia que Ele me ouvia. Esta experiência maravilhosa continuou até tarde da noite, quando adormeci.
Pela manhã senti esse mesmo gozo inefável, que permaneceu durante todo o dia. Há uma simples menção do nome de “Deus”, “Jesus”, ou algo relacionado com Ele, essa alegria transbordava em meu ser duma maneira suave e gloriosa; pelo que me recordo, não ria e nem dava gargalhadas, mas era uma alegria interior, uma satisfação na alma que parecia comparar com a experiência que teve o Senhor Jesus, num certo momento no seu Ministério: “Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo...”. Lucas 10:21.
Surpreendentemente, os pedidos feitos na noite anterior, foram todos prontamente atendidos. Aliás, durante essa experiência, a resposta divina vinha de forma abundante e quase imediata; pude experimentar a plenitude do verso que diz: ”e será que, antes de pedirem eu os responderei, estando eles ainda falando, eu os ouvirei”. Isaías 65:24.
Um outro fato digno de nota, foi a disposição física que se apoderou de mim; parecia que não sentia cansaço; noutro momento senti-me, literalmente, levado de uma parte para outra pelo poder do Espírito de Deus; eu tentava relacionar essa experiência às Palavras dos Profetas Isaías e Ezequiel, que escreveram: “Os que esperam no Senhor, renovarão as suas forças, subirão como aves, voarão como águias, correrão e não se cansarão, caminharão e não se fadigarão.” Isaías 40:31, e, “veio a mão do Senhor sobre mim...” Ezequiel 37:l.
Contudo, o mais impressionante dessa manifestação do Espírito de Cristo, para mim, naquela época, foi sobre a influência do pecado. O pecado não exercia mais nenhuma influência sobre mim. Parece que “estava assentado nos lugares celestiais com Cristo Jesus”. Efésios 2:6b. Não havia em meu ser qualquer disposição para o pecado. Lembro-me que, até então, lutava muito para que sentimentos impuros não permanecessem em meus pensamentos; era uma luta constante e desgastante. Vez por outra era surpreendido por esses pensamentos; Agora não; não sentia a menor influência do pecado sobre o meu ser; as coisas que me atraiam, não exerciam mais atração; e por mais impressionante que possa parecer, mesmo tentando pensar no pecado, ele não exercia mais nenhuma influência sobre mim! Fiquei extasiado de alegria! Havia, na graça de Cristo, uma vitória real e cabal, não só sobre o pecado, mas também sobre a sua influência maligna. A minha vontade estava totalmente sobre controle. Bendito seja Deus! Considerando esse fato, o verso que mais chamou minha atenção foi “que (Jesus, o Senhor) transformará o nosso corpo abatido, para se conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”. Filipenses 3:21.
Desde então, o descanso, o repouso, que é narrado em Hebreus, capítulo 4, tornou-se totalmente compreensível para mim, foi como se estivesse caído um véu! Era triunfante meditar: “Portanto resta ainda um repouso para o povo de Deus”. Hebreus 4:19. E pude compreender, conseqüentemente, que a vitória sobre o pecado e sua influência é uma questão definitiva, ou seja, não precisa ser, necessariamente, uma luta constante e desgastante.
Na verdade as Escrituras admitem dois estados de luta contra o pecado e a sua influência. O primeiro estado é uma interminável luta da carne e o Espírito (Romanos 7:4-25;8:5-7; Gl 5:17-21); E o segundo estado é uma vitória cabal e definitiva do Espírito sobre a carne (Rm 8:l,l3; Gl 5:l6,22-25; Ef 2:2-9).
Essa experiência durou aproximadamente uma semana; era uma comunhão extraordinária e gloriosa com o Deus Todo Poderoso; nunca tinha tido uma comunhão tão grande com o meu Senhor. Era uma comunhão singular, suave; não havia nenhuma confusão mental; era gloriosa e sublime; dormia altas horas da noite sob a Presença gloriosa do Espírito de Deus, e não sentia cansaço; não havia qualquer medo ou receio. Já era usado com o dom de cura de forma notável, mas tornou-se mais abundantemente pelo que pude perceber; eu já era dado à oração, contudo sentia o desejo de orar mais, e sentia a oração fluir sem nenhum impedimento.
Foi quando pedi para que cessasse essa manifestação do poder de Deus, isso porque era uma experiência nova para mim. Foi a segunda oração errada que lamento em minha vida. No outro dia esse poder já não se manifestou mais.
Desde então tenho procurado compreender e buscar essa manifestação do poder de Deus. Observei como essa experiência, de maneira singular e sob diversas formas se manifestando, esporádica e raramente, entre o povo de Deus. Na verdade “estamos rodeados de uma grande nuvem de testemunhas” dessa manifestação do Poder de Deus no seio da Igreja de Cristo, contudo num de uma ou de outra forma, nunca o vi na sua plenitude, até onde pude ver, perceber e ouvir nas experiências dos irmãos.
Que nome daríamos a essa experiência? O que vem a ser realmente essa experiência?
Particularmente, daria o nome de “O Poder da Ressurreição”. Filipenses 3:10a.
Porventura não é aquilo que sentimos faltar na nossa comunhão com Ele? Não seria a discutida e almejada ‘perfeição cristã’?
O que eu diria?
Diria que é viver a vida de Cristo (Gl 2:20); diria que é aquilo que o Senhor Deus chama de “... à estatura completa de Cristo” – “até que cheguemos todos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. Efésios 4:l3.
Diria, na verdade, que é Cristo se manifestando através de nós – “trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos; e assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal”. 2 Coríntios 4:10-11.
E mais: As declarações abaixo do Apóstolo Paulo não era uma poesia, mas uma realidade espiritual: “Já estou crucificado com Cristo; vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, O qual me amou, e se entregou a Si mesmo por mim”. Gálatas 2:20.
Ao declarar: “vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”, Paulo deveria sentir como Jesus sentia, falar como Jesus falava, andar como Jesus andava, pensar como Jesus pensava – fora disso seria hipocrisia.
E Este é o propósito de Deus para cada cristão que é ser semelhante ao seu Filho Jesus Cristo: “... cresçamos em tudo até alcançarmos a altura espiritual de Cristo...”. Ef 4:15a (NBLH)
Que Deus lhe abençoe e transborde em você o Poder da Sua Ressurreição.
Lé